Colombiano que trabalhava no Rio de Janeiro disse que ‘aguardava a melhor hora’ e aproveitava ‘para esfregar seu pênis nas pacientes
Preso nesta segunda-feira (16), na barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, por estuprar pelo menos duas mulheres sedadas durante cirurgias, o médico colombiano Andres Eduardo Oñate Carrillo admitiu à polícia, tanto ter abusado das pacientes, quanto ter armazenado pornografia infantil.
“O declarante não sabe precisar o motivo pelo qual nutriu dentro de si a compulsão em ver e armazenar pornografia infantojuvenil”, narra o termo de declaração.
Segundo a polícia, Andres afirmou “que nunca chegou a abusar sexualmente de crianças, mas satisfaz sua libido vendo imagens e vídeos tanto de meninos quanto meninas”.
O colombiano informou que não contou com a participação de outras pessoas “para esfregar seu pênis nas pacientes”.
Ainda à polícia, Andres declarou “que aguardava a melhor hora e aproveitava”.
Outro fato que chamou a atenção dos investigadores é que em uma das cirurgias, por exemplo, Andrés nem sequer estava escalado.
“O declarante esclarece que no caso não era o anestesista responsável, mas é comum que os médicos tenham acesso as pacientes no momento da pré e pós-cirurgia”, diz o termo.
O médico se gravou abusando de pelo menos duas mulheres sedadas na sala de cirurgia. A polícia descobriu esses vídeos enquanto investigava Andres por exploração de pornografia infantil e localizou as vítimas, que se reconheceram nas mídias.
Andres se fingia de criança na Internet e convencia crianças de verdade a gravarem cenas para utilização na pedofilia.
Como esses dispositivos se apagam, ele aproveitava para gravar e armazenar o conteúdo para utilização futura”, completou o delegado Luiz Henrique Marques.
Esse conteúdo é compartilhado na deep web, ou internet invisível, reduto comum de distribuição e circulação de materiais pornográficos, mas de difícil fiscalização.
A Justiça expediu o mandado de prisão e busca e apreensão contra Andres por estupro de vulnerável. O inquérito da pornografia infantil foi remetido para a Vara Especializada em Crimes contra Criança e Adolescentes.