Invasão do MST é protesto, segundo ministro petista de Lula

Ministro do Desenvolvimento Agrário refuta termo “invasão” e diz que MST fez apenas um “protesto” em fazenda da Embrapa

O ministro do Desenvolvimento Agrário do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Paulo Teixeira minimizou a nova invasão do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) a uma fazenda da Embrapa na cidade de Petrolina (PE), neste domingo (31).

O ministro, que é filiado ao PT, refutou que a ação tenha sido uma invasão. “Não foi invasão. Foi um protesto”, afirmou Teixeira no início da tarde.

O ministro de Lula disse ainda que os integrantes do MST já teriam deixado a fazenda, o que a assessoria de imprensa do MST negou oficialmente por volta das 15h.

Integrantes do movimento ocuparam no domingo (30) um terreno que pertence à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA).

Segundo a assessoria de imprensa do MST, a saída do movimento da fazenda da Embrapa está condicionada ao avanço do processo de assentamento das famílias.

A nova invasão à fazenda da Embrapa foi decidida pelo MST em assembleia no domingo (30) e iniciada ontemmesmo. Segundo o movimento, 1,5 mil famílias ocupam o local nesta segunda-feira.

Na invasão, os integrantes do MST tomaram a estrutura do “Semiárido Show”. Trata-se de feira de tecnologia para agricultores familiares da região que ocorreria da terça-feira (1º) a sexta-feira (4).

O MST acusa o governo Lula de descumprir os acordos firmados após a invasão das mesmas terras, em abril, durante a Jornada Nacional de Luta pela Terra e pela Reforma Agrária, conhecida como “Abril Vermelho”.

O MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário) rompeu com todos os acordos e tenta fazer o seminário Show sem cumprir nada do que foi acordado para resolver a questão das famílias acampadas. Não queremos atrapalhar o Seminário Show, mas, ao mesmo tempo, não vamos permitir que seja realizado se não for cumprido o mínimo do mínimo, para que a gente possa organizar as coisas e as famílias no mínimo puder ser assentadas”, disse o MST em comunicado.

 

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