Caso Epstein citado por Musk contra TumP: quem foi, quais crimes cometeu e por que o caso foi envolvido na briga

Empresário morreu na prisão em 2019, após ser condenado por operar rede sexual. Elon Musk associou publicamente o presidente dos EUA, ao escândalo

Enquanto Elon Musk e Donald Trump discutiam publicamente na quinta-feira (4), um nome improvável surgiu, colocando o presidente dos EUA em uma situação delicada. O nome Jeffrey Epstein, o falecido criminoso sexual condenado reapareceu. O CEO da Tesla alegou que os arquivos referentes ao caso nunca foram tornados públicos, já que o nome de Trump estava lá.

Quem foi Jeffrey Epstein?

Jeffrey Epstein foi um financista norte-americano que se tornou notório por sua conexão com uma rede internacional de exploração sexual de menores, envolvendo figuras influentes do mundo político, empresarial e artístico. Em junho de 2025, seu nome voltou ao centro das atenções após Elon Musk acusar o ex-presidente Donald Trump de estar envolvido no escândalo, reacendendo debates sobre os arquivos confidenciais do caso.


Jeffrey Edward Epstein nasceu em 1953, em Nova York. Apesar de não ter concluído o ensino superior, iniciou sua carreira como professor na prestigiada Dalton School. Posteriormente, ingressou no mercado financeiro, trabalhando no banco Bear Stearns antes de fundar sua própria empresa de gestão de fortunas, a J. Epstein & Co. Com isso, acumulou uma fortuna bilionária e passou a frequentar círculos sociais de alto escalão, mantendo relações com personalidades como Bill Clinton, Donald Trump e o príncipe Andrew.


Acusações e condenações

Em 2005, Epstein foi investigado por abuso sexual de uma adolescente de 14 anos na Flórida. Apesar de evidências envolvendo dezenas de vítimas, ele firmou um controverso acordo judicial em 2008, admitindo-se culpado por acusações menores e cumprindo apenas 13 meses de prisão, com permissões diárias para sair e trabalhar.

Em julho de 2019, foi novamente preso, desta vez por tráfico sexual de menores em Nova York e na Flórida. Enquanto aguardava julgamento, foi encontrado morto em sua cela no Centro Correcional Metropolitano, em 10 de agosto de 2019. A causa oficial da morte foi suicídio por enforcamento, embora especialistas independentes tenham apontado indícios de homicídio, alimentando diversas teorias da conspiração.


Ghislaine Maxwell e a rede de exploração

Ghislaine Maxwell, socialite britânica e ex-parceira de Epstein, foi considerada peça-chave no esquema de aliciamento de meninas para exploração sexual. Em 2021, foi condenada por tráfico sexual de menores e conspiração, recebendo uma sentença de 20 anos de prisão.


A ilha de Epstein e os arquivos confidenciais

Epstein possuía a ilha Little Saint James, nas Ilhas Virgens Americanas, apelidada pela mídia de “Ilha da Pedofilia”. Relatos indicam que o local era palco de abusos sexuais envolvendo menores e convidados influentes.

Em janeiro de 2025, documentos judiciais revelaram mais de 170 nomes ligados a Epstein, incluindo políticos e celebridades. No entanto, muitos arquivos permanecem sob sigilo, gerando especulações sobre o envolvimento de figuras de alto escalão.


Elon Musk, Donald Trump e as novas acusações

Epstein e Musk

Em junho de 2025, Elon Musk acusou publicamente o ex-presidente Donald Trump de estar mencionado nos arquivos confidenciais de Epstein, sugerindo que essa seria a razão para a não divulgação completa dos documentos. Musk também defendeu o impeachment de Trump, intensificando uma disputa que já envolvia críticas à política fiscal do presidente e ameaças de cancelamento de contratos federais com empresas de Musk.

Trump negou qualquer envolvimento com Epstein, afirmando nunca ter visitado a ilha e ter cortado relações com o financista em 2007. Apesar disso, registros anteriores indicam que Trump e Epstein mantiveram contato em eventos sociais.

Os dois foram fotografados diversas vezes no clube de golfe privado de Trump durante a década de 1990 e também no início dos anos 2000.

Em uma entrevista à revista New York em 2002, Trump disse que conhecia Epstein há 15 anos e o chamou de “cara incrível”. Acrescentou que Epstein era “muito divertido de se conviver”. “… dizem até que ele gosta de mulheres bonitas tanto quanto eu, e muitas delas são mais jovens”, disse Trump. 

O presidente dos EUA se distanciou de Epstein quando este foi preso novamente em 2019. Na época, ele disse que conhecia Epstein “como todos em Palm Beach o conheciam”. “Acho que não falo com ele há 15 anos. Eu não era fã dele”, acrescentou.

Segundo relatos, os dois tiveram um desentendimento em 2004 após uma disputa por uma propriedade imobiliária na Flórida. Posteriormente, Trump disse que proibiu Epstein de frequentar o Mar-a-Lago, alegando que ele tentou recrutar uma mulher que trabalhava no clube.


O caso Jeffrey Epstein continua a revelar as complexas interações entre poder, influência e impunidade.

Trump e Musk se desentenderam publicamente

As recentes acusações de Elon Musk contra Donald Trump reacendem debates sobre a transparência das investigações e o alcance da rede de exploração sexual comandada por Epstein. À medida que novas informações surgem, cresce a pressão por justiça e pela completa divulgação dos arquivos relacionados ao caso.



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