“STF se tornou um partido político” e Alexandre de Moraes é “ditador, sádico e cínico, diz Sebastião Coelho em audiência na Câmara dos Deputados

Desembargador aposentado participava de audiência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara sobre “violações de direitos após os atos de 8 de janeiro

O advogado e desembargador aposentado Sebastião Coelho voltou a criticar duramente os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (6), durante uma audiência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara sobre “violações de direitos após os atos de 8 de janeiro”.

“Ele é um ditador, sádico e cínico”, disse o desembargador aposentado sobre o ministro Alexandre de Moraes.  Coelho imputou a culpa pela morte de um dos presos na Papuda pelo 8 de janeiro ao ministro. “Não podemos colocar a morte de Clezão na conta do sistema judiciário”, comentou Coelho, referindo-se à morte de Cleriston Pereira da Cunha, conhecido como Clezão.

“A morte do Clezão está na conta do senhor Alexandre de Moraes, com a conivência dos demais ministros do Supremo Tribunal Federal”, completou.

“O Supremo Tribunal Federal se tornou um partido político. Barroso, nosso ministro ‘perdeu, mané’, disse num evento do Rio Grande do Sul que ‘nós conseguimos o poder político’. E quem consegue o poder político não abre mão dele facilmente”, comentou. “Ou nós paramos essa Corte agora, esse partido político, Supremo Tribunal Federal, ou nós paramos esses acordos ou vamos ter outro Clesão”, declarou Sebastião Coelho.

Coelho classificou de “escárnio” a indicação de Flávio Dino ao STF. Ele convocou caminhoneiros, sindicalistas e jornalistas, entre outros, para “parar o país” nos dias 11, 12 e 13 de dezembro, antes da sabatina de Dino no Senado.

Sebastião Coelho ficou conhecido por ter desafiado, como advogado de um dos réus, os ministros do STF nos primeiros julgamentos do 8 de janeiro. Depois da defesa performance no Plenário do STF, o tribunal mudou os julgamentos para virtuais. Sem a presença do debate entre advogados e julgadores.

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