FOTOS: o inferno é aqui, em cenas impressionantes do maior desastre por queimadas da história no Brasil

Fogo, fumaça e poluição produzem cenas que chamam atenção em todo território nacional

Nesta quinta-feira (12), uma cortina de fogo foi registrada de um barco, nas margens do Rio Xingu, no extremo norte do Mato Grosso. Um grande incêndio entre as terras indígenas Xingu e Capoto Jarina, na região, próxima aos municípios de Peixoto de Azevedo,

Cortina de fumaça sobe em incêndio nas terras indígenas Xingu e Capoto Jarina -Imagem Instituto Internacional Arayara

A seca e a fumaça transformam a vida de ribeirinhos Brasil afora e no Amazonas, a situação não é difer6.

Fumaça encobre céu e rio Madeira é barro seco próximo a comunidade Paraizinho, em Humaitá, Amazonas em 10 de setembro de 2034 — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Uma barreira de fogo e fumaça se aproxima das aldeias, neste fim de semana, de acordo com alerta das lideranças indígenas do Xingu.

Nas Terras Indígenas Utiariti e Paresina, na região de Campo Novo do Parecis e Tangará da Serra, os incêndios já persistem por mais de um mês, tendo devastando 200 mil hectares.

As chamas já consumiram residências e lavouras e avançam sobre a floresta.

De acordo com a prefeitura de São José do Xingu, o fogo se estende por uma faixa entre 20 e 30 quilômetros. Segundo a Federação dos Povos e Organização Indígenas do Mato Grosso (Fepoimt), mais da metade das terras indígenas da região já foram atingidas pelo fogo.

O Mato Grosso tem 86 terras indígenas e 46 povos assentados na Amazônia, Cerrado e Pantanal.

Aldeia Kuikuro, no Alto Xingu, é a região do parque mais pressionada por grileiros que as queimadas feitas nas fazendas do entorno desde 17 de agosto fugiram do controle e chegaram no interior da reserva
Foto: Takumã Kuikuro

O estado tem a maior concentração de queimadas do país desde janeiro, com mais de 37 mil focos de incêndio, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Fogo consome vegetação no Pantanal. — Foto: Araquém Alcântara

Segundo o INPE, os focos de queimadas na Amazônia aumentaram 48% nos últimos meses em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Brasília fica no Cerrado que sofre com as queimadas recordes de 2024 e fumaça que vem de todos os lados, desde a Amazônia até São Paulo

No Cerrado, outra região altamente afetada, as queimadas cresceram 60%, intensificando o impacto ambiental.

Brigadistas combatem incêndio em área de cerrado próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília em 24 de agosto — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Cerrado no DF em 24 de agosto — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Filhote de anta órfão, resgatado com as patas queimadas em uma área queimada, recebe atendimento no Aquário Natural, em Bonito, no Mato Grosso do Sul
Foto: Rogerio Florentino / Greenpeace
Fumaça iluminação pelas chamas em foto noturna na Serra da Mesa em Goiás em 9 de setembro – Foto: Eraldo Peres/AP

POUCOS MESES após uma operação de guerra retirar milhares de invasores das Terras Indígenas (TIs) Apyterewa e Trincheira Bacajá, no sul do Pará, grileiros voltaram a invadir os dois territórios para uma série de incêndios criminosos que já devastaram 2.000 hectares (o equivalente a 2.800 campos de futebol).

Brigadistas combatem chamas em reserva indígena no Xingu

O fogo é uma tática dos invasores para preparar o terreno para a criação de gado, principal atividade econômica exercida ilegalmente dentro das áreas protegidas invadidas, além da extração ilegal de madeira.

Ponte Jornalista Phelippe Daou sobre o Rio Negro em Manaus (AM) em 27 de agosto de 2024 — Foto: Edmar Barros/AP

Em São Paulo a fumaça das queimadas invade todos os cantos e se espalha pelo Brasil.

Incêndio em plantação de cana próxima à cidade de Dumont em SP -Foto: JOEL SILVA/REUTERS
Foto tirada de edifício no centro de São Paulo em setembro de 2024
Homem tenta apagar chamas próximo a posto de combustível em São Paulo
Camada de fumaça em São Paulo em 9 de setembro de 2024 — Foto: Paulo Pinto/Agencia Brasil

Chamas atingiram o Aeroporto Estadual Mário Pereira Lopes e chegaram bem próximas do Centro de Manutenção da Latam, na quarta-feira (11).

Centro de Manutenção da Latam, na quarta-feira 11 de setembro de 2024

Nesta sexta-feira 13, bombeiros do Rio de Janeiro combatem 460 focos de incêndio. Desde início de 2024, já foram mais de 16 mil ocorrências atendidas.

sol encoberto por fumaça na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, em 9 de setembro — Foto: Pablo Porciuncula/AFP
Parque Nacional da Serra dos Órgãos, na região serrana do Rio de Janeiro em setembro de 2024
Bombeiros tentam apagar incêndio em mata em beira de rodovia de São Paulo em setembro de 2024
Devastação de incêndio florestal em meio à fumaça na Amazônia, em Lábrea (AM) em 6 de setembro de 2024 — Foto: Bruno Kelly/Reuters
Fumaça em Marília, SP, durante o final da tarde. — Foto: Alf Ribeiro/Fotoarena/Estadão
Fogo na Chapada dos Guimarães impede veículos de passarem em setembro de 2024
Incêndio entre Jaboticabal e Sertãozinho em São Paulo

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